Às vezes me questiono sobre a diferença
entre o que é meu e o que está comigo. Alguns traços nos acompanham a vida
inteira, mas isso não quer dizer que é parte de nós, pois o aprendizado e
correção de nossos defeitos se chama amadurecimento.
Em contrapartida é muito infeliz aquele que
não se aceita como é. Estar de bem consigo não é lutar contra tudo que tem de
errado, não é se cobrar para dar o seu máximo o tempo todo. Não! É relaxar
também, é rir dos seus erros, é se perdoar ao invés de dar desculpas a
si mesmo, se aceitar como você é!
A linha entre nossos defeitos e nossa
personalidade muitas vezes é tênue. Manias se deixam de lado e gostos mudam, mas
não sua essência, no máximo você irá se esconder de si mesmo.
Quem não tem dentro de si algo
calado ou engasgado? Buscamos aceitação dos outros por que nos esquecemos
de buscar a nossa própria! Mudamos e nos reprimimos para sermos aceitos por
outras pessoas, por medo de não ser suficiente agradar a si mesmo!
E ainda assim temos a
covardia de todos os dias deitar a cabeça no travesseiro com a garganta
entalada com tudo que tivemos que engolir, com peso de tantas atitudes que
tomamos contra nossa própria vontade e dizemos que a culpa não é nossa, é da
sociedade, da vida, do mundo, mas nunca nossa...
As desculpas que você da
pra si mesmo não são suficientes para calar a dor que seus erros causaram.
Sim, devemos agradar aos outros, ouvir
opiniões alheias e certas vezes abrir mão de algumas coisas. Gostando ou não,
todos precisamos disso alguma hora. Grande mentiroso é quem diz não ligar
para as opiniões dos outros e grande infeliz é aquele que vive em função dessas
opiniões.
O problema é quando se adaptar
significa mudar a si mesmo. Como
brinquedos de encaixe, não se coloca um quadrado onde há espaço para um
triângulo. Por mais force o molde e o faça entrar, ainda será um quadrado e o máximo
que conseguirá é se machucar até entender que seu lugar não é ali. O que
certas vezes acontece tarde de mais...
Aceitar que seus defeitos não mudam, é
aceitar a estase, é se conformar pelo medo de evoluir. Assim como querer mudar
sua essência é abrir mão da sua felicidade pelo medo da infelicidade.
Crescemos ao dizer mais "eu sou
assim" para quem nós somos e menos "eu não vou mudar" para
quando erramos.
Quando as coisas não se encaixam, talvez seu
lugar não seja ali. Se perdoe, se goste, se agrade, se ame e se agradeça! Um dia você descobre que viver vale mais a
pena do que estar vivo.
Gostei muito deste post!
ResponderExcluirSabe, o que mais me deixa triste é saber que as pessoas normalmente se limitam em querer que as pessoas mudem, sem pensar em mudarem suas próprias vidas, no sentido de melhorar e buscar evoluir. Aprendi com uma amiga que, se queremos que uma pessoa mude, precisamos mudar antes! Pois quando você muda, tudo muda a sua volta. E o mais importante é, antes de tudo, precisamos refletir se a mudança é necessária para toda a vida, ou se é apenas para suprir as dependências de algo, de alguém ou de necessidades imediatas.